Por mais promíscua que essa frase seja, olhando ao redor do mundo open source notamos que aos poucos ele está ganhando espaço no desktop.
Bom, eu gosto do Linux mas também não sou xiita, eu sei que ele compete com o primo bonitinho Mac OS X e é , em termos de número de usuários, esmagado pelo Microsoft Windows.
Quando comecei a mexer com linux há onze anos, tínhamos o Windows 95 de um lado e do outro pouquíssimas opções amigáveis. Os xiitas costumam dizer nessa situação: “não é amigável, mas é altamente configurável!“.
Usar um editor de textos para alterar um menu não é exatamente algo amigável…
Vejam uma screenshot do FMW95 e tirem suas conclusões.
Há exatos dez anos o projeto GNOME foi lançado e somente duas semanas depois foi lançado o projeto KDE.
Veja esse vídeo da versão alpha do KDE4 para ver o que vem por aí.
Hoje temos projetos excelentes, como o recente Compiz Fusion, que representa a união dos projetos Beryl e Compiz, juntando o que há de mais moderno em recursos e efeitos gráficos. Esse vídeo do YouTube mostra o que já existe em funcionamento na versão atual em desenvolvimento.
Então, talvez agora você se convença que a parte de interface já alcançou uma maturidade razoável, não tão simples como a Microsoft fez, mas que você consiga usar de maneira autodidata.
Aí resta uma dúvida: dá para confiar?
Será que essa história de open source é um bando de gente cuspindo código e gerando software gratuito? Nada disso, muito pelo contrário, existe muita responsabilidade nesses serviços e muito dinheiro envolvido.
O colunista da Mundo Java Cezar Taurion recentemente falou sobre isso em seu blog, citando alguns números interessantes, como por exemplo, que o custo estimado de uma das distribuições de Linux mais usadas (Debian) ser construída do zero é de aproximadamente oito milhões de dólares.
Provavelmente você já usufrui de softwares open source e não sabe: o servidor web mais usado no mundo segundo as últimas estatísticas é o Apache, que surgiu quando o NCSA Httpd virou open source e diversas pessoas alteraram e melhoraram o seu código, tornando-o “a patchy server” (um servidor cheio de patches), daí surgindo o seu tão conhecido nome.
Portanto confiável ele já é, pelo menos no mundo dos servidores, resta agora entrar no mundo dos desktops e ver se o Linux aumenta sua pequena fatia desse mercado…
Fernando Boaglio, para a comunidade. =)