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E se minha linguagem preferida ficar obsoleta, como fica meu trabalho ?

Essa é uma preocupação constante para profissional de TI que as vezes se assusta com a velocidade que as coisas mudam.

Eu acredito que isso não será problema e vou citar 3 motivos para não se preocupar com isso.

1. Código fonte open source não morre

O código fonte do Java, do Python e do DotNet, todos estão disponíveis online para quem quiser baixar e fazer a sua versão.

Uma empresa pode pegar esses fontes e fazer a sua versão (um fork do repositório GitHub) , e dependendo da licença, deverá também disponibilizar o código fonte dessa nova versão.

Entretanto, para uma fork desses ser uma tendência de mercado, é preciso que a comunidade adote e contribua.

Temos exemplos mostrando duas situações:

a) Quando a comunidade abandonou: o Play Framework foi uma novidade de implementação de aplicações Web com Java que ganhou muitos fãs. Entretanto seus programadores foram contratado pela TypeSafe (hoje Lightbend, que mantém a linguagem Scala), e o framework ganhou uma versão 2 refeita totalmente em Scala mudando muita coisa. Isso fez com que parte da comunidade pegasse a primeira versão e fizesse um fork chamado playone, que teve poucos adeptos e meses depois tornou-se um projeto abandonado.

b) Quando a comunidade adotou: o projeto de automação de tarefas Hudson seguia firme e forte com vários adeptos quando a Oracle comprou a empresa e havia um produto registrado com o mesmo nome. Então a comunidade fez um fork e chamou de Jenkins, um projeto largamente adotado até hoje.

2. Muito legado

Das linguagens que citei de exemplo, a mais nova delas é a DotNet com quase vinte anos.

Em primeiro lugar, pense na quantidade de empresas pequenas, médias e grandes e que usaram essa linguagem nos últimos anos. Depois multiplique pela quantidade de sistemas que cada uma delas implementou e está rodando em produção.

Sim, o legado é enorme, e mesmo se o CEO quiser, não dá para trocar tudo de um dia para outro, alguém que conhece a linguagem precisa fazer a manutenção ou auxiliar na migração.

3. Quem paga a conta ?

Startups tem uma tendência a usar novas tecnologias, já que tem poucos recursos, poucos clientes e não tem sistemas legados.

Entretanto, instituições financeiras e seguradoras tem uma tendência mais conservadora com tecnologia e consequentemente não vão adotar o último framework do momento, já que estabilidade é o objetivo principal, afinal para o usuário final se a transação funciona, pouco importa o que está no back-end.

Portanto o sistema legado naquela linguagem legada tem bons anos ou décadas pela frente até ser trocado, isso se realmente for.

Concluindo…

Agora que você entendeu que não vai ficar sem emprego tão cedo , não deixa de ser importante conhecer as tendências de mercado e atualizar com as novas implementações e boas práticas do mercado da sua linguagem preferida.

Fernando Boaglio, para a comunidade